sábado, 11 de outubro de 2008

MEMÓRIAS DE UM ZÉ DOENTE

Eu, nesta minha santa enfermidade
Lutando contra todos estes maus quistos contratempos
Que vieram com os novos tempos frios
Que vieram com os velhos ventos frios
Que já foram amenos!

Ventos que certa vez trouxeram Luiza
Ventos afáveis que sutilmente tocaram sua pele branda
Revelando sua anelante respiração
No entanto, diante desta incomoda circunstância
É relevante insurgir contra estes agora arrogantes ventos
Rebelar-me contra estes frios ventos
Que insistem em me anular
Sinto-me num cárcere!
Privado de poder tocá-la
Sinto-me como aquele poeta desatento
Que deixara escapar-lhes seus mais belos versos quixotescos
E que agora também luta contra todos os moinhos de vento

Estas são minhas adoráveis sumárias memórias
Memórias de um "Zé doente"
Que ao contrário de Brás Cubas...
Resolvi contá-las em vida e não postumamente.

Didiu

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