sábado, 29 de novembro de 2014

Obliquidade




Inclino-me assim
Diante adiante... e minhas asas predispostas postas abertas
Pairo pelos ares dos meus céus contornando dando voltas em torno de mim mesmo circunscrevo-me tecendo nuvens
Risco o infinito deixando traços, rastros com cores quentes e pálidas na velocidade do meu tempo reinventado esticando meu sorriso, dias, noites, até a madrugada repousar pela manhã
Dizeres prazeres e os versos sem vírgulas com reticências
 
Uma xícara de café com poesia e pouco açúcar para mim

Inclino-me assim...
Como pétalas  dum bem me quer que não me quer
Inclino-me assim diante dum espelho... e minha imagem uma miragem à deriva dispersa
Sigo pela” terceira margem de um rio”, minha genealogia, “além do bem e do mal”

Quem sabe
Quem soube
Quem soubesse
 

Submeto-me 

Didiu 2014
 







terça-feira, 11 de novembro de 2014

Moulin Rouge ( Bia e Antonio ).



Saias ensaiando pernas exiladas, sonhos devotos profetizando santos
Delinquência açucarada provando (provocando )mel
O doce das horas, o amanhecer que se levanta e se entrega aprontando, se arranjando para as Matinês – terças e quintas (13:00 ).Às quartas e domingos ( 23:00 )nos cabarés decifrando lágrimas e sorrisos a rigor.
Pernas alegremente animadas – seminuas – semideusas utópicas e efêmeras – sensualismo todo poderoso
Vodkas, cervejas... qualquer tipo de destilado. Bebedeiras estampadas nas taças e a música: cadenciada, trilha sonora das horas dispersas. Qualquer imaginário seria mera fornicação, desejos lascivos laçando, lançando-se ao gozo, para uma generosa sensação de alívio e volúpia.

Pernas ousadas alimentando olhares, e o olhar de Antonio um tanto disperso, distraído pela lembrança de Bia e alguns muitos insights para mais um texto que retratasse conveniências e inconveniências das noites agridoces de Paris
Longe de Bia, Antonio experimentava noites e dias revisando seus pensamentos que lhe proporcionavam momentos e sensações de ventilador dissipador de segredos.

Baixo, cabisbaixo, noites e dias findando, doses de estrelas no céu e as luzes da cidade  adormecendo,  despertando todos os dias, todos os meses, todos os anos ...
Ventos frios circulando, aflorando inúmeras saudades, desejos... sonhos e sempre uma poesia amena para lhe confortar.

Antonio sonhava

Bia fotografa a chuva e aeronaves no aeroporto.

Didiu 2014