domingo, 27 de maio de 2012

Pedras e frutos proibidos




Tudo por um sonho
Algumas chaves desenhei as portas... forjá-las talvez
Pelo meu caminho não habitam pedras, existem variáveis árvores com seus frutos proibidos... maçãs e meu desejo além

De fato meu limite circunscreve-me, vos digo
Ofereço-vos minhas razões, minhas distrações, e uma música para a dança alegre
Posso admitir o erro do descompasso no qual flerta desregrada insistência
Abstenho-me de minhas não vontades
Meu furor se espalha envaidece pele arrepia pelos

Palavra
roga
rouca
Prece alimenta poesia
Poesia alimenta prece

Quem sois vós que se desaponta na busca?
Vosso caminho segue dentro.


Didiu  2012

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Sobre os beijos que ela me manda


Vontade de beijar aqueles beijos que ela me manda
Beijos na boca, lábios e línguas que se enroscam

A vida imaginável divagando pelas calçadas entre transeuntes presentes... na ausência de gentes, nos pingos de suor que secam no tecido da camisa que a pele veste, onde sonhos passam perpassam cruzam o tempo de todos os tempos, onde pensamentos utópicos amadurecem e crescem semeando 

Vontade de beijar o beijo onde o poema faz valer a reza debaixo do cobertor ainda quente
E o sorriso dela ainda ao meu lado quando fecho os olhos meus
A lua ainda é cedo, mais tarde o sol se põe aqui onde estou. Vou vê-lo
Vou saltar o céu, dar boa tarde ao vento, abrir a janela, deixar a música sorrir e em cada canto meu meio que depressa vou permitir devagarzinho o perfume do silencio me cobrir

E o tal Pierrot ainda em prantos.


Didiu 2012


quarta-feira, 9 de maio de 2012

03hs e 11min



Previamente levitando
Meu condado herdado de um desconhecido conde
Minhas palavras soltas... libertas desatadas
Sobre tapete ensaio insight enquanto água ferve pro café na cozinha em fogo brando
Da janela minha lua murcha vazia encoberta... escondida por nuvens chorosas e uma cortina branca de chuva fina que cai molhando telhados de fornicadores gatos. Toda aquela gataria em chama ardente libido.
Amassos, patas, lascivos abraços

E me arranha pensamento roçando desejo
Sedenta madrugada me apanha em delírio sob efeito de poema lírico.


Didiu  2012


terça-feira, 1 de maio de 2012

Sofá & Poesia


Contando passos das horas
Minha musica acalenta suave pela sonoridade daquela...
Bendizeres provoca-me procura alma nua
Minhas palavras...meu querer 
Minha alvorada surge bela pela janela, vem com o vento da saudade plena.
Aurora doce no brilho dos olhos despertando-me longe mar de minhas montanhas... poesia num sofá, no canto da sala enquanto chuva despenca em versos-gotas
E os sentidos significados... a luz pela fresta reza
Tamanha vontade...
Lento
Lentos...
Lentos passos sonolentos do tempo, e a velocidade que me conforta, que consiste em meu efêmero.
Tão sorridente ardente me (re)faz sonho, mais um capitulo um tomo

Catando horas que me dissipa
Rearranja-me num poema
Versos e retalhos
Minha alma tua procura
Iluminamento faz-se sublime. 


Didiu  2012