terça-feira, 25 de abril de 2017

devaneio drink - chocolates e xícaras

Cafés e chocolates
Sonhos e valsas
Um drink, uma vodka... Vinhos e vindas, noites e vidas.

Poesia num guardanapo (rascunhos)... Pensamento para guardar o adormecer.
Versos... rimas, filhas da noite clara
Lua minguante posta
Um céu com licores para Dionísio, festas e voos imaginários, o tinto do vinho seco que arranha versos para amanhecer em narrativas prosas.
Chocolate quente e uma xícara de chá noturno, porção de ritmadas estrelas para mim

Tudo que for
Tudo que vir

O desatino desvairado avesso!

Didiu 2017

terça-feira, 18 de abril de 2017

Poesia para João Guilherme

Um riso que engatinha
Ciranda cirandinha

_ Mas tu és apenas ainda sementinha!

Que cresce que brota para mais tarde... pelas manhãs, antes de dormir... dar bocejos, cambalhotas e gracejos

João
Joãozinho
Don João Guilherme do além mar

Vem chegando, navegando pelo materno ventre
Vem trazendo sorrisos novos, novas boas novas, a ternura límpida, a terna ternura.

Vem chegando, papai e mamãe já estão aprontos com cantigas de ninar, com cantigas para colorir os sonhos teus.

Vem chegando...

Venha, seja bem-vindo ao som de um berimbau poético berimbau!


Didiu 2017



    

prolongado


Noite, madrugada, e o silencio deposto pelo pensamento inquieto decorrente de uma quentura que aquece minhas vontades em fogo mole brando.
Asas para mim.
Para um voo livre e insólito...    inimaginável leveza, Minh'alma, meu âmago.  
Introjecto-me em sonhos, pelos céus, pelos ares, nos arredores, sabores, dissabores, pelos olhos que fazem-me amanhecer sob um sol qualquer que incansavelmente caminha pelas travessias das tardes.

Nuvens no meu quarto, minhas quatro paredes e um vento invasor pela fresta

Sons
Tons
A dança das cores

Doses de insônia e uma sede insaciável

Asas para mim!

Para um mergulho em meus mares, minhas águas turvas, minhas marés.


(Re)faço-me em mudo segredo.

Didiu 2017


terça-feira, 11 de abril de 2017

corpo vento torto

Embriagando-me de versos, dos avessos da vida... do sólido oblíquo, da música incidental... Pausa para as reticências
Trilha sonora.
Primeiro ato: eu, monólogo a dois
Segundo ato: devaneios - pensamentos despetalados à flor da pele... Embarcação clandestina, argonauta que não sou.

O epílogo: "distraídos venceremos".

 o eco

O copo

A embriaguez da alma, o corpo vento torto.


Didiu 2017


para ela (poesia para um poema)

Põe-se poesia

Poesia que se põe

para ao lado dela poder descansar, e no sonho tocar o verbo

poesia que desabrocha, que desperta, que se atreve para no verso (re)pousar


  Poesia para ela sob uma lua quase cheia,

entre nuvens pequeninas e estrelas dentro de um céu com cor de Abril.

Poesia para os olhos dela, uma brisa de outono, uma valsa, uma dança

o tinto vinho, uma branda flor.

 Uma chuva fina que cai, um terceto, um soneto, o sol da manhã


Poesia para a cor dos sonhos dela

  segredos, desejos... a palavra oculta


Poesia para um poema

Uma sonata de amor.  

Didiu 2017





Morangos

Vermelhos, os morangos

Sabor do ensejo, do desejo
Das línguas, da mordida que fica
sobre a pele suave nua, entre bocas rosadas o morango do amor
Do sorriso nos olhos
Dos sonhos, das lembranças
Dos tantos indivisíveis encontros e desencontros
Do porvir
Da pétala-flor!

Vermelhos, os morangos.

Didiu 2017