Saias ensaiando pernas exiladas, sonhos devotos
profetizando santos
Delinquência açucarada provando (provocando )mel
O doce das horas, o amanhecer que se levanta e se entrega
aprontando, se arranjando para as Matinês – terças e quintas (13:00 ).Às quartas
e domingos ( 23:00 )nos cabarés decifrando lágrimas e sorrisos a rigor.
Pernas alegremente animadas – seminuas – semideusas
utópicas e efêmeras – sensualismo todo poderoso
Vodkas, cervejas... qualquer tipo de destilado.
Bebedeiras estampadas nas taças e a música: cadenciada, trilha sonora das horas
dispersas. Qualquer imaginário seria mera fornicação, desejos lascivos laçando,
lançando-se ao gozo, para uma generosa sensação de alívio e volúpia.
Pernas ousadas alimentando olhares, e o olhar de Antonio
um tanto disperso, distraído pela lembrança de Bia e alguns muitos insights
para mais um texto que retratasse conveniências e inconveniências das noites agridoces
de Paris
Longe de Bia, Antonio experimentava noites e dias
revisando seus pensamentos que lhe proporcionavam momentos e sensações de
ventilador dissipador de segredos.
Baixo, cabisbaixo, noites e dias findando, doses de
estrelas no céu e as luzes da cidade
adormecendo, despertando todos os
dias, todos os meses, todos os anos ...
Ventos frios circulando, aflorando inúmeras saudades,
desejos... sonhos e sempre uma poesia amena para lhe confortar.
Antonio sonhava
Bia fotografa a
chuva e aeronaves no aeroporto.
Didiu 2014
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