Há um paraíso nos olhos teus
Maçãs...serpentes...
O jardim do Éden
Com flores que provocam a libido
Que me afoga no mar do norte!
Há um divisor de águas nos olhos teus
Por onde pecorrem membros da pequena nobreza, trazendo rosas para canonizá-la
Estes olhos teus...
São pingentes envoltos no pescoço daquela bela camponesa
Que se encantara pelas perversas indulgências
Há uma lua que se foi com os ventos
Um lindo vestidinho negro...
Uma ampulheta que marca o tempo
E que não existe para os olhos teus
Os olhos teus já enamoraram os olhos meus
Tomaram vinho no coliseu
Observados por olhos que não são teus
Nem meus!
Por isso retratarei teus olhos
Corpo e vestido
Sob quaisquer intolerâncias que intimidem minha doce sublime sublevação.
Didiu Março 2008
"A vida é feita de encontros apesar de tantos desencontros." O homem deixa sua marca no tempo e no espaço,ele idealiza, realiza, deixa seu legado. O homem tem o poder da escrita, o poder do discurso, tanto para o bem quão para o mal. O homem é ser dialético. O pensamento é dialético! O homem é o encontro em-si, para-si, para-outrem.
quinta-feira, 30 de outubro de 2008
segunda-feira, 27 de outubro de 2008
ALGUÉM
sábado, 25 de outubro de 2008
ANDANTE CAVALEIRO ANDANTE
quinta-feira, 23 de outubro de 2008
PRAZERES
Me redimir diante de tais prazeres?!
Entregar-me à racionalidade que oculta minha desnuda vergonha?
Seria uma tremenda imbecilidade!
Seus olhos assemelham-se a um espelho
Que reflete minha alma
Esta que é progenitora do meu pensamento
Cabe a mim enfurnar em suas entranhas
E extenuar toda complexidade daquela que expropria minhas ações
E, ou, talvez, minhas não ações.
Didiu
domingo, 19 de outubro de 2008
VERSOS
E depois de você que nunca existiu?!
Mas sempre me ouviu
Entre tantos os versos
Dos mais lindos e sinceros
E hoje te quero
Mas longe te espero
Numa esquina qualquer
Sob um sol à espreita...
Que quer despertar uma linda mulher (você)
Que enfim tornaste parte
De mais um poema...
De quase um poeta
Que ainda não fui
Mas me atrevo a não ser.
Didiu
sábado, 18 de outubro de 2008
PALAVRAS
As palavras estão escondidas
Brincando de esconde-esconde
As palavras estão mal resolvidas
Desentendidas...
Perdidas numa caça-palavras
As palavras fugiram
Uniram-se à uma oração
As palavras sublevaram, desafiaram, conspiraram contra os deuses
Desacorrentaram Prometeu
E ainda disseram que fui eu!
As palavras enganaram-me
Embebedaram-se
Tomaram vinho num banquete, construiram imponentes falácias...
Legitimaram os sofistas, construiram naus, invadiram, inventaram um novo mundo, exterminaram outras palavras
As palavras transformaram em indulgências redimindo todos os seu pecados
Pregaram outro na cruz!
As palavras se dissolveram
Formaram outros grupos de palavras
Sufixos...prefixos...
Mas, como não entendo nada de gramática
Resolvi não dizer mais uma só palavra.
Didiu
sexta-feira, 17 de outubro de 2008
INSOLÊNCIA
quinta-feira, 16 de outubro de 2008
PRÓXIMO ATO
Tesouras que cortam...
Para depois tudo virar retalho
Lua que flutua
Nem minguante...nem quarto crescente
Lua cheia-nova
Um sorriso
Olhar bucólico
Luvas negras calçam aquelas mãos que de longe me acenam
dando-me tchau, um adeus, um até logo...caminhando por pasargadas sem deixar pegadas, sobre rastros invisíveis que contempla desejando estar.
"Não vamos deixar que nos vendam tão barato!"
Ao ponto de não poder nos imaginar naquela cena
Num próximo ato!
Atropelando as senhoras vendendo bolsas e cosméticos.
Uma tarde...outra tarde...
Mas a noite continua
E a lua ainda flutua!
Didiu
Para depois tudo virar retalho
Lua que flutua
Nem minguante...nem quarto crescente
Lua cheia-nova
Um sorriso
Olhar bucólico
Luvas negras calçam aquelas mãos que de longe me acenam
dando-me tchau, um adeus, um até logo...caminhando por pasargadas sem deixar pegadas, sobre rastros invisíveis que contempla desejando estar.
"Não vamos deixar que nos vendam tão barato!"
Ao ponto de não poder nos imaginar naquela cena
Num próximo ato!
Atropelando as senhoras vendendo bolsas e cosméticos.
Uma tarde...outra tarde...
Mas a noite continua
E a lua ainda flutua!
Didiu
quarta-feira, 15 de outubro de 2008
PARADOXO DO MUNDO NOVO
O paradoxo anda sempre em linhas tortas
Leva consigo o sol nascente vestindo um sol que morre todos os dias
O paradoxo anda sempre em linhas tortas
Seus dias são suas noites em claro, revelando seu eterno tempo efêmero. Um corpo fomentado pela fartura que lhe falta, mas mesmo assim o deixa de pé sobre as imensas plataformas mendigando sua riqueza de pobre coitado. Um rei absoluto, aritocrata, fidalgo.
O paradoxo anda sempra em linhas tortas
Em seu bloco de anatações com antigas folhas de papiro, ele escrevinha toda sua estupidez, Isto lhe faz bem. O eleva! Assim, surge diante de suas prerrogativas, seu estado sublime de existência. O ser e o nada.Paradoxo do mundo novo, tão velho que caminha sustentado por sua velha e inseparável bengala ornamentada com filetes de ouro forjando seus próprios passos demasiadamente humanos.
O paradoxo anda sempre em linhas tortas
E como Sísifo, também está condenado a um castigo pungente. Não por ter desafiado os deuses, mas por desafiar a sí mesmo. No entanto, esforça-se em desvendar enigmas semelhantes aos da esfinge de Édipo.
O paradoxo anda sempre em linhas tortas
Desta forma ele consegue superar toda a sua degenerescência humana e criar seus próprios conceitos, contemplando os homens em suas sociedades, divertindo-se, dando gargalhadas sarcásticas e embebedando-se com varias doses de vinho, oferecendo cicuta em taças de prata aos ignorantes ostentados por uma tamanha imbecilidade. Porque além de tudo, estes são burros! Apesar das suas extraordinárias invenções que maqueiam toda uma geração de hipócritas.
O paradoxo caminha sempre por linhas tortas.
Didiu
terça-feira, 14 de outubro de 2008
LIBERTAS QUAE SERA TAMEM
"Idearam, como tinham ideado a Arcadia, uma patria independente; deram-lhe um congresso legislativo; pensaram em uma universidade; criaram uma bandeira sem cores mas tendo por brasão um genio da liberdade na figura de um indio livrando-se de suas algemas e por divisa: Libertas quae sera tamem. Mas esses dourados sonhos, mas estas esperanças patrioticas pue lhes alvoraçaram os animos, com ser utopias para a sua epocha,os perderam! Denunciou-os a traição."
ROSA DOS VENTOS
Se eu pudesse roubar os ventos...
Qualquer dia desses lhe levaria para passear num tapete mágico aos quatro ventos
ROSA DOS VENTOS
Argonalta que não sou...
Qual a nau que me conduziria sobre um vazio de luz, às cores do espectro de um prisma daqueles olhos que não são azuis?
Monstros marinhos, abismos sem fim...
Até o começo
Aventuras... Desventuras
O desconhecido lhe ofereço
Sem mapas, sem trilhas, nem pistas
Apenas uma luneta para poder gritar:
- TERRA À VISTA!!!
DIDIU Junho 2006
segunda-feira, 13 de outubro de 2008
MERAS PALAVRAS
A lua foi descendo...descendo...
Desceu tanto que desapareceu
Foi-se
Foi-se com os ventos!
Foi se encontrar com aquela estrela cadente que não vi
Ou quiçá encontrar com a menina em seu lindo vestidinho negro
Que dela agora apenas restara seu sorriso, seu olhar
A festa acabou
E agora José?
Eu e esta minha idiossincrasia, pensando nas flores que não existem no campo
Pegadas sujas de lama!
Tudo enfim chegou ao fim
Só me resta ir embora
Poderia até chegar mais tarde, mas não quero ver a cara do sol
Por isso vou esquecer de tudo
Da apatia do mundo!
Acender um último cigarro, que possa fazer-me calar
Mas, no entanto, não me emudeço
Possibilidades perpassam e persignam resguardando-me do gosto do gozo que ainda não experimentei
Travesseiros me atrapalham, mas me confortam
Oferecendo-me as maçãs da branca de neve em seu lindo vestidinho negro
Que agora não mais se atreve
Em me abordar com sinônimos de quaisquer meras palavras.
Didiu
TERCEIRO SOL
Almas inóspitas levam-me ao supra-sumo da realidade
Pegadas que regem o tempo
Movimento lúdico
O terceiro sol
Folhas que caem
Manhã fria que adormece em meu peito
Terceira perna que sustenta a minha ansiedade
Eterna..Efêmera
Preto no branco
Tristezas que se resume em alegrias, reluzindo no meu pensamento
Girassóis... Gira...Só...l...
Mãos que se unem no meio da multidão
Corpos colados
O relógio indica as horas, mas o tempo inexiste
A alegria está nos olhos de quem vê a tristeza passar
Dialética da felicidade!
Risos, aplausos, cores do espectro
Realidade metamorfoseando-se
Inexorável primazia
Movimento único
Virtú e Fortuna maquiavealiando-se no pensamento
Dois pontos que encontram-se no interlúdio da composição
Girassóis giram sós.
Didiu 2003
,
O BANCO
Uma bela no palco
Retratando suas mais belas e subjetivas abstrações
Um beijo com gosto de olhos verdes que ainda não vi
Sob uma lua que agora se esvai
Pele clara...
Pensamento sócratico
Por uma rua contemplendo nenhuma pedra no meu caminho
Um banco
Mãos dadas
Não revelarei meus pensamentos
Que se perdem pela madrugada.
Didiu
Retratando suas mais belas e subjetivas abstrações
Um beijo com gosto de olhos verdes que ainda não vi
Sob uma lua que agora se esvai
Pele clara...
Pensamento sócratico
Por uma rua contemplendo nenhuma pedra no meu caminho
Um banco
Mãos dadas
Não revelarei meus pensamentos
Que se perdem pela madrugada.
Didiu
domingo, 12 de outubro de 2008
POESIAS
Especulações do pensamento.
São, ou não são tendenciosas?!
Expectativas se consomem
Incertezas se organizam para dar fim a mais um final de um início
Barcos à vela...à deriva
Não exixtem ventos... Mas insistem!
Momentos que me sopram
-Não entornes as poesias que lhe faço
Mas se assim for...
Cate-as!
São suas
Sinceramente pra você!
DIDIU
EVIDÊNCIA
ELEFANTES
E OS ELEFANTES ADORAM RONDAR PELO MEU PENSAMENTO
ELEFANTES NEGROS, AMARELOS, BRANCOS E VERMELHOS
ELEFANTES SEM PASSADO
NUMA CIDADE SEM FUTURO
PERAMBULANDO POR UMA RUA SEM SOL
A TERRA ESTÁ EM TRANSE!
A UTOPIA ESTÁ EM CIMA DO MURO!
E OS ELEFANTES?
AH1 ESTES CONTINUAM A RONDAR PELO MEU PENSAMENTO
CERTA VEZ, ELES DESTRUÍRAM UM JARDIM INTEIRO DE GIRASSÓIS
DEIXANDO TODOS EM PRANTOS!
DIDIU
ELEFANTES NEGROS, AMARELOS, BRANCOS E VERMELHOS
ELEFANTES SEM PASSADO
NUMA CIDADE SEM FUTURO
PERAMBULANDO POR UMA RUA SEM SOL
A TERRA ESTÁ EM TRANSE!
A UTOPIA ESTÁ EM CIMA DO MURO!
E OS ELEFANTES?
AH1 ESTES CONTINUAM A RONDAR PELO MEU PENSAMENTO
CERTA VEZ, ELES DESTRUÍRAM UM JARDIM INTEIRO DE GIRASSÓIS
DEIXANDO TODOS EM PRANTOS!
DIDIU
sábado, 11 de outubro de 2008
POLIMORFO 2
Caminhos incertos
Encruzilhadas...
Labirintos sem pegadas
Somos todos polimorfos
Qual é o problema xxx?
"O homem de gênio e a melancolia"
Do rés-do-chão às alturas
Vivemos uma vida teoretica
Comtemplativa
Quantas caixas de Pandora ainda serão abertas?
Não temos lugares
Estamos em toda parte!
Somos um todo
Um quase nada
Seres de exceção
Somos Zaratustra e eu!
Didiu
POLIMORFO
Quase azul
Fui azul
Sou azul
Minhas lágrimas secaram meu sorriso, minha tristeza, minha melancolia
Portas e gavetas não se abrem mais
Um grito ecoa no escuro
Revela meu querer-viver
Há uma chama que não se apaga, mas efêmera
O beijo que não lhe dei
O odor da solidão
O prazer do vir-a-ser, do povir
O mundo é uma alegoria
" Mundo como vontade e representação"
O nada existe, o tudo inexiste
O tempo foi-se com os ventos...
Minhas mãos clamam
Vou retratar meu rosto, minha alma num azul-branco de uma tela
Os elefantes, eu e você
O terceiro sol me revela, me ressuscita todos os dias
A vida se dá
A vida lhe rouba, me rouba, me assalta, me sopra
Perco-me neste desatento
Do rés-do-chão às alturas
Em minha escassez
No meu reencontro com o azul
O azul do meu quarto
Um quarto de um século
Na piscina dos teus olhos me afogo
Respiro o mundo
Embriago-me pela condição miserável do homem
Minhas asas não são tortas
São certas, corretas, incertas, invisíveis, indivisíveis
Meu rosto é esta máscara que so pode ser vista quando refletida no espelho
Que foi quebrado
Restam apenas cacos
Certo dia porventura vamos nos reencontrar
Unir nossa respiração
Será belo, uno
Uma provocação do certo e o incerto
"Criar linguagem para aquilo que não tem linguagem"
A alma é azul
A bílis é negra
Somos todos polimorfos
Um quase poeta que não fui
Numa noite onde tudo aconteceu
Belas são as palavras.
Didiu
Fui azul
Sou azul
Minhas lágrimas secaram meu sorriso, minha tristeza, minha melancolia
Portas e gavetas não se abrem mais
Um grito ecoa no escuro
Revela meu querer-viver
Há uma chama que não se apaga, mas efêmera
O beijo que não lhe dei
O odor da solidão
O prazer do vir-a-ser, do povir
O mundo é uma alegoria
" Mundo como vontade e representação"
O nada existe, o tudo inexiste
O tempo foi-se com os ventos...
Minhas mãos clamam
Vou retratar meu rosto, minha alma num azul-branco de uma tela
Os elefantes, eu e você
O terceiro sol me revela, me ressuscita todos os dias
A vida se dá
A vida lhe rouba, me rouba, me assalta, me sopra
Perco-me neste desatento
Do rés-do-chão às alturas
Em minha escassez
No meu reencontro com o azul
O azul do meu quarto
Um quarto de um século
Na piscina dos teus olhos me afogo
Respiro o mundo
Embriago-me pela condição miserável do homem
Minhas asas não são tortas
São certas, corretas, incertas, invisíveis, indivisíveis
Meu rosto é esta máscara que so pode ser vista quando refletida no espelho
Que foi quebrado
Restam apenas cacos
Certo dia porventura vamos nos reencontrar
Unir nossa respiração
Será belo, uno
Uma provocação do certo e o incerto
"Criar linguagem para aquilo que não tem linguagem"
A alma é azul
A bílis é negra
Somos todos polimorfos
Um quase poeta que não fui
Numa noite onde tudo aconteceu
Belas são as palavras.
Didiu
MEMÓRIAS DE UM ZÉ DOENTE
Eu, nesta minha santa enfermidade
Lutando contra todos estes maus quistos contratempos
Que vieram com os novos tempos frios
Que vieram com os velhos ventos frios
Que já foram amenos!
Ventos que certa vez trouxeram Luiza
Ventos afáveis que sutilmente tocaram sua pele branda
Revelando sua anelante respiração
No entanto, diante desta incomoda circunstância
É relevante insurgir contra estes agora arrogantes ventos
Rebelar-me contra estes frios ventos
Que insistem em me anular
Sinto-me num cárcere!
Privado de poder tocá-la
Sinto-me como aquele poeta desatento
Que deixara escapar-lhes seus mais belos versos quixotescos
E que agora também luta contra todos os moinhos de vento
Estas são minhas adoráveis sumárias memórias
Memórias de um "Zé doente"
Que ao contrário de Brás Cubas...
Resolvi contá-las em vida e não postumamente.
Didiu
Lutando contra todos estes maus quistos contratempos
Que vieram com os novos tempos frios
Que vieram com os velhos ventos frios
Que já foram amenos!
Ventos que certa vez trouxeram Luiza
Ventos afáveis que sutilmente tocaram sua pele branda
Revelando sua anelante respiração
No entanto, diante desta incomoda circunstância
É relevante insurgir contra estes agora arrogantes ventos
Rebelar-me contra estes frios ventos
Que insistem em me anular
Sinto-me num cárcere!
Privado de poder tocá-la
Sinto-me como aquele poeta desatento
Que deixara escapar-lhes seus mais belos versos quixotescos
E que agora também luta contra todos os moinhos de vento
Estas são minhas adoráveis sumárias memórias
Memórias de um "Zé doente"
Que ao contrário de Brás Cubas...
Resolvi contá-las em vida e não postumamente.
Didiu
sexta-feira, 10 de outubro de 2008
CONVERSAS
A alegria invade e expropria esta tal felicidade
Que emudece momentos
Que secam as lágrimas de Heráclito
Que me ergue num estandarte
Respiro com alívio que me aflige num vazio copo com suor de cerveja
Aquele meu desejo, caminha sob a lua que sopra os ventos desde 1853
Bohemia e Boêmios
Conversas que me distraem com tiros de sussurros
Entornando-me sobre a mesa
Destruindo todas as flores que ainda não cresceram
Mas insistem em espalhar pétalas que sorriem despedaçando o cheiro da chuva
Que me protegem de mais uma efêmera felicidade.
Didiu
Que emudece momentos
Que secam as lágrimas de Heráclito
Que me ergue num estandarte
Respiro com alívio que me aflige num vazio copo com suor de cerveja
Aquele meu desejo, caminha sob a lua que sopra os ventos desde 1853
Bohemia e Boêmios
Conversas que me distraem com tiros de sussurros
Entornando-me sobre a mesa
Destruindo todas as flores que ainda não cresceram
Mas insistem em espalhar pétalas que sorriem despedaçando o cheiro da chuva
Que me protegem de mais uma efêmera felicidade.
Didiu
SOBRAS
Minhas palavras estão bêbadas
Saltitando por aí
Equilibrando-se sobre um meio-fio
Minhas palavras não estão sóbrias
São sobras de um banquete
Todos estavam famintos!
Das palavras, restaram apenas migalhas
Que ainda me alimentam
Vou beber minhas palavras!
Devorá-las, misturá-las...
Desfazê-las num copo de absinto.
Didiu
PEGADAS
. Sapatos vermelhos calçam aquelas pegadas de outrem
Deixando para trás o imprevisível... o incontestável!
Histórias que lhe escapavam
Mas que por um instante...
Aqueles vermelhos sapatos tornavam-lhe subitamente presente.
Deixando para trás o imprevisível... o incontestável!
Histórias que lhe escapavam
Mas que por um instante...
Aqueles vermelhos sapatos tornavam-lhe subitamente presente.
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