segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

sobre meu pouso ( além do que se vê ).



Restos e cacos
Nuvens esparsas no céu
Palavras esticadas num copo de verbos bordando retalhos diversos

Vidraças da alma
E o tempo aqui dentro remoendo versos
Minha cede pintada, avultada vontade e meus olhos ressacados nas paredes de vidro

Ajunto restos de poemas despetalados pelos  muitos ventos inversos
Meu sinonimo de sorriso é lágrima: um paradoxo filosófico

Atirem-me aos leões, aos tigres-dente-de-sabre!

Mitos e ritos
Deuses astutos fizeram-me assim com asas tortas arranjadas para o voo... pelo âmago sobrevoo... desfiladeiros além para ir. Sobreposto postulado

Todo lirismo em mim, para mim

E aquela música renasce... ressurge nas entrelinhas das esquinas do meu querer, na doce  ternura do meu desejo, no encosto das belas manhãs, tardes e noites afã.

Didiu  2014 



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