Que formosura, que
charme é esse, que provoca o verso, que provoca poesia, que deixa mil palavras
inquietas, desassossegadas...que deixa o tempo confuso e incontrolável
Que delicadeza é
essa que lhe faz atrevida
Vestida com a cor
da noite, cor de rosas de Halfeti.
Em seu corpo
repousa (desperta) a música que lhe guia, que lhe conduz, que lhe faz imensa
Está escrito nesse
seu olhar, no seu corpo vestido, despido
No céu dos seus
olhos negros
Nas suas curvas e
esquinas, no seu silêncio íntimo .
Ritmo devagar no íntimo
de tua alma
Tua nudez
Tuas nuas costas
Tua pele, tua
música retratada
E no ritmo dos
ombros teus, um verso à flor da pele passeia poetizando todo teu corpo, toda a
tua doce sensualidade, paralisando o tempo... as horas.
Frio, palavras
miúdas
Brisa que passa,
sons e silêncios
Seus olhos, seus
ombros, corpo, pés e mãos
Seu rosto e o poema
proposto, algumas vontades transbordam outras transbordam também
O poema ainda não
escrito, ainda não dito.
Palavras miúdas,
minúsculas como um grão, um grão de areia trazido pelos ventos, pelos ventos dum
julho que vem de longe
E da sua janela um
céu com tons de música, um sol sorridente e uma xícara de café
Tardezinha, a manhã
já se foi, passou
Mas tranquila é a
noite, noite da lua tímida que míngua, da estrela cadente, ardente, das bocas
que se encontram, dos poetas, dos sonhadores, das línguas que se enroscam, das
salivas com gosto da doce maçã do amor, das vírgulas, dos versos que saltam, das
rimas que se (re)juntam e insurgem numa taça de vinho de um Deus grego ou quiçá
Romano.
Frio, palavras
gigantescas
Palavras que se
afloram
Palavras
Palavras...palavras
Palavras entre as
suas mãos
Reticências
palavras
Palavras e você.
Didiu 2019
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