Tomar café e enamorar
camisa nova sobre a cama desarrumada, me deitar novamente sonolento com os
olhos voltados para o céu do teto sem estrelas. Com o passar do tempo o sol
aproximar-se-á das dez horas da minha queridinha quinta feira imersa. Já
sobrevivi a vários quase afogamentos... desventuras que sempre insistem em
inundar-me.
Calmaria defronte
música lenta...
Confissão com meus pincéis,
minhas mãos sujas de tintas.
Introspecção... meu
real subjetivo dando voltas rodopiando aqui
Viés viés...
desfazendo amarraduras desatando nós, todos os laços forjados
Cirandas minhas cirandas...
graciosamente cantarolo minha transvaloração, minha roda festa
Tomo meu tempo num
copo d’água dosada, sorrisos e lágrimas
Amanho cores...
Flores amanho para
desabrochá-las ao anoitecer donde poemas aquentar-se-ão
Tomar café...
servir-me o mel das palavras, bendizer a vida, os amores, silenciar-me diante
do silencio exclamando versos para ela.
De toda forma
De todo jeito brando.
Didiu 2012
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