quinta-feira, 28 de junho de 2012

Vasculhando sonho



Indagando imaginário verso para o real
Quão realidade profana
Desarrumando verdades alinhavando-as nas (entre)linhas subentendidas, porém...

Digo-vos com arrepio nos pelos
No desassossego das horas
No rés do chão, às alturas
Na minha inquietude sagrada donde me encontro sob encanto ditoso

E no meu sono sonho vasculho embrenhando-me adentro
Com pouca pressa
Num ritmo atento
Cadenciando a reza
Com flores e laços

Digo-vos, entretanto: não escrevo para outrem
Não escrevo para mim
Escrevo para ela
Para aquela
Das noites bem dormidas
Pensando...


Didiu  2012

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Cáfe da manhã de terça



Bom dia com café pra mim
Hoje menos fraco e um pouco mais forte
Além de mim... Pra dentro
Bem perto da minha voz meu gemido iludido
Minha paz branda agora rouca canta musica para meu ritmo lírico
Meu cobertor disperso no chão frio não sente frio... necessito apenas de meus travesseiros para atravessar madrugada com olhos arregalados para o sonho do porvir
Confesso sentir-me pouco cansado, poesia apagada, tintas derretidas num pedaço de papel despedaçado em pedaços feito bilhetes curtos e fraguimentados.

Bom dia com café e torradas com deliciosa geleia d morango feito pintura e poemas de artistas plásticos e poetas sonhadores que vislumbram suas musas seus amores suas dores suas cores...

Bom dia
Bom dia
Bom dia!

E que neste dia seja feita vossa vontade que serás também a minha.


Didiu  2012

terça-feira, 12 de junho de 2012

Café de quinta-feira


Tomar café e enamorar camisa nova sobre a cama desarrumada, me deitar novamente sonolento com os olhos voltados para o céu do teto sem estrelas. Com o passar do tempo o sol aproximar-se-á das dez horas da minha queridinha quinta feira imersa. Já sobrevivi a vários quase afogamentos... desventuras que sempre insistem em inundar-me.

Calmaria defronte música lenta...
Confissão com meus pincéis, minhas mãos sujas de tintas.
Introspecção... meu real subjetivo dando voltas rodopiando aqui
Viés viés... desfazendo amarraduras desatando nós, todos os laços forjados
Cirandas minhas cirandas... graciosamente cantarolo minha transvaloração, minha roda festa
Tomo meu tempo num copo d’água dosada, sorrisos e lágrimas
Amanho cores...

Flores amanho para desabrochá-las ao anoitecer donde poemas aquentar-se-ão

Tomar café... servir-me o mel das palavras, bendizer a vida, os amores, silenciar-me diante do silencio exclamando versos para ela.
De toda forma
De todo jeito brando.  


Didiu 2012

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Teu caminho... ( para Léticia Alves )




Sobre trilhos transpõe estorvo
Entre um desequilíbrio e outro prossegue atenta

"Aponta pra fé e rema"

Retas em curvas não se cessam defronte de ti, tua alma feita música inclinando com pés firmes o equilíbrio

Sonhos... sensações diversas nas reticências exprimir-se-ão
Asas brotando inacabadas prontas... aprendizado para o voo. Aprumar!
Âmago enriquece quão ouro deveras nobre

Segue segue pequena com teu sorriso nos olhos traçando horizonte curto distante

Cores, anseios... gracejos
Algumas muitas claves, todas as músicas possíveis para confortar-te bela
Mãos experimentando ventos donde versos flutuam

Sobre trilhos move remove promove alento

A poesia... o poema que segue...percorre

“Aponta pra fé e rema”

Segue a rima, a vida, os sóis se assim quiseres
E a lua resguardar-te-á para o sonho

Teu caminho... até ao alvorecer


Didiu  2012

domingo, 3 de junho de 2012

Derr(amar) poema



(in)definido para acreditar, levantar procurando minha casa  nos bolsos vazios
Não desfaço (nós) das gravatas porque não as tenho. Acordo todos os dias após todas as noites.Minhas queridinhas madrugadas e já não sei mais o que pensar.concordo,portanto com a minha (in)decisão,entretanto,há controvérsias,minha conversa fiada é paradoxal!
Mais um copo d´água para apagar minha sede respirar meu ar induzido, trancar meus olhos e vê-la
E quando os minutos passarem pelas horas perdidas dum tempo, ao acaso descoberto insurgirá enfim em mim meu abrigo  

E o que há de errado com os meus motivos?
Quero a música para dança lenta
Derramar poema sobre o corpo dela
Passear pelo florescimento da cor desbotada, colorir... recolorir o azul depois que passar a chuva, o amarelo e o alaranjado também

Conversei com meu sonho em seguida fui dormir para tocá-lo ao amanhecer.


Didiu  2012