Todas estas casas, todos estes prédios, cortiços
Ruas, esquinas...
Memórias
Transeuntes ausentes presentes nas marcas, nos rastros...
vestígios
São resquícios, amores, desamores, (dis)sabores pelo
escuro
Deleites
Aqui, taças já foram erguidas com bebidas: licores e
vinhos para os corpos seduzidos, olhares, bocas e poemas.
As noites com suas luas, nuanças, e seus amantes com suas
brigas mal resolvidas
Quereres e bendizeres
E na dobradura do silencio, sons do passageiro – o que se
foi, o que existiu e insistiu pelo prazer... pelo gozo, pela volúpia. A vontade
que já habitou e habituou-se em rascunhar, mapear todas as curvas, e delinear
toda a respiração afrodisíaca, para as mãos se tocarem no abrigo dos corpos
rendidos sobre lençóis sem culpa.
Didiu 2013
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