Mastigas asas da tua
candura, arrasta peçonhenta
Debruças, derruba teu
cálice... lamba teu vinho
Sirva-me com teus pés,
resolva minha volúpia
Teu corpo
Tuas armadilhas
Faça-me ato
Desata minha língua
Faça do teu (meu)
corpo a tua insurreição
Vista-me com teu
perfume, firma deleitamento meu
Nossos nós dois sobre
cama, pelo chão cheio de nós apertados
E quando vir
primavera desabrochará nosso gozo
Acerta-me com beijo teu,
com teus olhos, com (an)seios teus
Fustiga-me
Arrepia-me
Faz-me tremular com
suave violência desmedida
Venha sorrateira
lenta depressa, sinta-me pelo tato
Afaga-me
Ata-me
Deixa-me penetrar
alma.
Didiu 2012
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