quarta-feira, 19 de outubro de 2011

O CORTEJO


-Bela mademoiselle, peço-lhe, por obséquio, que me conceda, por esta noite, suas graciosas curvas para que eu possa enfim degustar. Há muito queria lhe dizer tais coisas... provocam-me arrepios pelo corpo e em meus pensamentos tornando-os sedentos e promíscuos. Meu desejo por você é de longa data. Passo noites em claros imaginando contigo realizar algumas das minhas mais picantes fantasias eróticas. 
Gastaria contigo se for necessário até o ultimo vintém!

Cortejo definitivo ínfimo imbecil... maltrapilho vulgar
A bela mademoiselle foi deveras ofuscada, desonrada desrespeitada. Não que ela conserva-se algum despeito contra meretrizes, mas caber-lhe-ia, no mínimo, algum respeito.

- Logo você, Sr Arlindo Valdo... um homem recatado, de diálogo eloqüente, conduta refinada. Um exemplar cavalheiro tão querido em nossa cidade.
- Me surpreende muito, e me desperta grandioso repudio por tamanha deselegância estúpida.
- Me tratar como uma rameira! Oras! Pois fique sabendo que a admiração que tinha pelo Senhor caiu por terra.
- E no mais... Passar bem!

Didiu 2011


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