80 minutos não foram suficientes para ele. Seu pensamento queria circular um pouco mais pela cidade. Alias, pedaladas filosóficas sempre lhe proporcionavam momentos que o elevava à quinta-essência.
O poeta e sua bicicleta
Sob quaisquer luas
Minguante, nova, cheia, e, ou, quarto crescente
Doce é a vida. A liberdade!
De ir e vir, do vir-a-ser
Do ser de desejo, do desejar
Desejar o bem comum para outrem
De desejar ser desejado
De desejar um simples beijo. Um afago
80 minutos não foram suficientes
Ele ambicionava mais e mais...
Queria sentir o sol e aquele desgrenhado vento que lhe trazia sacis
Um passeio em quadrinhos, álbuns de figurinhas, bolinhas de gude e gibis.
80 minutos delongavam-se poeticamente trazendo brilho em seus olhos cinematograficos
Cenas se revelavam
Matéria prima para seus contos e poemas. Gestos, conversas, luzes, espectros e etcetara.
A cidade com suas personagens sob atenciosos holofotes.
E assim, desta tal forma que vos contei, passeia todos os dias nosso querido amigo poeta em sua adorável bicicleta pela cidade em 80 minutos e tantos outros mais.
Didiu 2011
Um comentário:
Adorei! Parabéns!
Minutos são sempre poucos para o infinito das coisas ao redor...
http://www.ocotidianodecadadia.blogspot.com/
Até!
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