sábado, 30 de abril de 2011

O QUINTO POEMA

Meu quinto poema não poderia ser tão somente um único verso
Meu quinto poema não poderia ser tão somente um emaranhado de palavras desconexas
Ele surge a partir de minhas indagações
O homem em sociedade
Somos homens animais maltrapilhos ostentadores de tamanha estupidez exarcebada
Por onde caminha a humanidade?
Sobre cacos cortantes de nossas pegadas, sombras e sobras do que verdadeiramente somos. Vivemos à mercê da nossa própria ignorância.
Nossa beleza se refugia nos escombros da nossa alma que suplica por um razão consistente, coesa.
Os significados permanecem atados, coagidos, reféns de nossa cegueira instaurada, impossibilitando qualquer tipo de reacção que possa de alguma forma nos levar a uma grande mudança justa.
Mas, ainda continuamos imorais, imóveis, prostrados diante de tudo
Meu quinto poema não poderia ser mais do que uma voz, um fôlego que representasse a melancolia sarcástica, ressentida de um filosofo.
Meu quinto poema dança certa valsa aguçando meu ilustre paladar
Sinto fome, sinto sede, meu pulso, meus batimentos cardíacos. Preciso recuperar meus óculos... desconstruir algumas muitas verdades.


Didiu  2011

Um comentário:

Gleice Zanotti disse...

Preciso encontrar meus óculos.