Leveza branda que não se rompe
Mesmo de olhos abertos
Cativas meus muitos êxtases escondidos
Leveza branda sublinhando meu sorriso, meu riso
Minha gargalhada
Abro todas as janelas e deixo os ventos passarem apressados por mim
Ventos aprazíveis como os meus sonhos que se realizam em algum soneto
Meu eu lírico explode numa confissão
Minha dádiva, minha fé corrompida pelos prantos da dor
Que um dia foi-se em disparada ao encontro do meu mal-me-quer
Mas, meu bem-me-quer tranquilo... sereno
Sou tocador de liras poéticas, um sublime fragor
Adormeço com os meus sete anjos
Três querubins e quatro arcanjos
Bem-aventurado é meu despertar
Ouço borburios do cálido silêncio
Eles estão em toda parte
Em todos os cantos da minha alma
Minha alma numa flor-poema
Desabrocha em desejo e prece
Realiza minha fantasia absoluta.
Leveza branda que nunca se rompe
Mesmo de olhos fechados
Meus sonhos...
Ponto.
Didiu 2011
Um comentário:
Uma prece, vários desejos.
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