segunda-feira, 14 de março de 2011

AQUELA MULHER

Pés descalços, sem sandálias ou sapatos
As luvas calçam suas mãos nuas
Um sorriso se desvencilhando de seu cativeiro... seu esconderijo
Quem é aquela mulher?
Quem é aquela mulher vestida de cetim, se despindo de sua doce inocência, provocando encantamento a escritores romancistas e poetas marginais?.
Poder-se-ia porventura ser uma atriz com a sua mais nova personagem meretriz à flor da pele, experimentando e degustando da inusitada reação de todos aqueles que a deseja.
Olhares provocativos por onde passa
Também há boatos que seria ela, a Geni, a procura desesperadora do enorme Zepelim
Boca vermelha, e uma tamanha leveza nos seus passos descalços
Até os quatro ventos se renderam ao seu encanto, resvalando em seu belo corpo brando, conclamando os Deuses mitológicos para uma assembleia deliberativa.
Escolherão enfim aquele que ira cortejá-la?
Quem é esta mulher de tantos versos, amores, sabores e sonetos sob um sol de meio-dia contemplando flores de outono?
E ela passou
Foi-se...
Desfazendo-se de tudo 
Despiu-se, olhou para o lado, e com um sorriso lascivo foi embora desaparecendo ao longe, deixando para trás um rastro de excitantes sussurros e murmúrios delirantes.
Afinal, quem era aquela mulher?

Didiu  2011

2 comentários:

Dennis Orion disse...

O próprio Ser Humano é formado por multiplicidades.
Parabéns cara.A ideia central é muito boa.

Luiza Jardim disse...

"Quem é esta mulher de tantos versos, amores, sabores e sonetos sob um sol de meio-dia contemplando flores de outono?"

Mt bom... principalmente essa frase... q desabrocha o encanto do texto.

Até.