quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

A mocinha, o banco e as caravelas cabralinas


A mocinha

Acolhe com afago seus mais belos anseios
Realiza-se contemplando as caravelas cabralinas
A inquietude lhe pertence, é atributo de seu ser
Reúne palavrões em fila, ordenando e coordenando-os para as iminentes batalhas.
"Nelson a deixou como saldo uma espécie de imunidade amorosa"
Insiste em caminhar todas as manhãs pela praia na busca incansável de vestígios que possa lhe trazer de volta a fragrância das noites de lua cheia repletas das deliciosas aventuras e brincadeiras amorosas.
Tão bela jovem mocinha, fez daquele banco seu trono, seu divã.



O banco

Não se trata aqui de um banco qualquer
O valor que este tem torna-se um tanto quanto imensurável pela sua invejável peculiaridade.
Honra para poucos! ter o privilegio de acolher e recepcionar aquele formoso introspecto fantasiando-se na leveza do imaginário.
Sorte a sua também os homens da prefeitura corrupta não tê-lo arrancado dali, já que aquela área passava por uma inexplicável reforma modernizadora.
Apesar de tantos e muitos outros nele também se sentar, ninguém comparável a bela jovem mocinha lhe fazia tão bem.União perfeita, belo par, bela fotografia.




As caravelas cabralinas


O que lhe faz crerdes que a ultima caravela de Cabral daquele projecto ultramar português, retornará trazendo consigo ainda boas velhas novas do lado de lá?
Ou porventura encomendastes jóias preciosas e tecidos raríssimos da velha e encantadora grande Lisboa?

A mocinha, o banco e o mar de 2011 trazendo caravelas cabralinas para o lado de cá.



Didiu 2011




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