quarta-feira, 22 de julho de 2009

VERSOS DISPERSOS




Fotografias não reveladas revelam o desprazer do inconsistente
Do acaso
Da luz opaca
Da súbita subjetiva relatividade

Negativos soltos e dependurados
Gotejando cores e rumores
De um mundo retratado por lambe-lambes
Das velhas praças dos muitos velhos
Crianças, contempladores e enamorados

Visto a velha praça
Calço homens e mulheres que se ajoelham em oração e prece

Suplício no templo sagrado

Renego a flor que não brotou

Primavera em meus olhos!

E a bailarina dança
Com seus cabelos cacheados
Reunindo todos aquelas versos
Que estavam dispersos.

Didiu 09


2 comentários:

Márcio Junio Fagundes do Vale disse...

Salve!
Amigo e poeta!
Abraços!

Ana Paula disse...

lindo, lindo, marvilhoso! Parabéns, poeta !