terça-feira, 7 de julho de 2009

POTOSÍ



Calmo...
Depois que a chuva passou
Devoro uvas vermelhas e verdes
O silêncio me traz algo
Estou em 1688 na velha Potosí
Com sua torrente de prata
Seus poetas, contadores de histórias
Escravos negros e criados índios

Escrevo poesias...

Já imaginei um encontro entre dois pontos
Interrogação - Exclamação
Um diálogo, um conto

Olhos fechados

Vislumbrando cores e imagens
Olhos atados
Sinto-me pele
Numa efervescência desvairada

Corpos colados
Cartas manuscritas
Cartas datilografadas
Contemplando flores subjetivas
Refazendo-me na exuberância das riquezas da velha Potosí.


Didiu 2009

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