Inclino-me assim
Diante adiante... e minhas asas predispostas postas
abertas
Pairo pelos ares dos meus céus contornando dando voltas
em torno de mim mesmo circunscrevo-me tecendo nuvens
Risco o infinito deixando traços, rastros com cores
quentes e pálidas na velocidade do meu tempo reinventado esticando meu sorriso,
dias, noites, até a madrugada repousar pela manhã
Dizeres prazeres e os versos sem vírgulas com reticências
Uma xícara de café com poesia e pouco açúcar para mim
Inclino-me assim...
Como pétalas dum
bem me quer que não me quer
Inclino-me assim diante dum espelho... e minha imagem uma
miragem à deriva dispersa
Sigo pela” terceira margem de um rio”, minha genealogia,
“além do bem e do mal”
Quem sabe
Quem soube
Quem soubesse
Submeto-me
Didiu 2014