sábado, 19 de janeiro de 2013

Faço-te




Abraço-te

Adormeço ao lado teu, mesmo sem tocar-te
Amanheço com tuas noites
Faço-me lendo-te
Faço-me conde, visconde das letras
Minha literatura és tua... alguns manuscritos pra acariciar-te... palavras que delongo... alongo até formar versos pelos quais te dedico sempre

Sempre que permanecer, haver... sempre

Para que fiques perfeita em meu retrato, (re)trato-te naturalmente como tu és
Sorriso límpido, amáveis olhos, branda pele quase pálida, seminua beleza grega olimpiana

Entretenho-te num sonho fictício, numa jornada repleta de estrelas cadenciadas pelo poema no qual cubro teu corpo para proteger-te. Te adornar

Minha...
meus pinceis
na dança lenta das tintas, tua pele fica.

Vislumbro teu corpo, tua alma: cores para meus tercetos e também meus sonetos!

Escrevo-te nua na tela para depois me despir
Silencio-me, me calo para ouvir teus leves traços que me levam

Visto-te. 


Didiu  2013

Um comentário:

Taaci Anjos disse...

Lindo como vc desdobra as cenas com um falar calmo.... nos permite acompanhar cada passo, mt bem escrito!
Bom te encontrar!