Abraço-te
Adormeço ao lado teu,
mesmo sem tocar-te
Amanheço com tuas
noites
Faço-me lendo-te
Faço-me conde,
visconde das letras
Minha literatura és
tua... alguns manuscritos pra acariciar-te... palavras que delongo... alongo
até formar versos pelos quais te dedico sempre
Sempre que permanecer,
haver... sempre
Para que fiques
perfeita em meu retrato, (re)trato-te naturalmente como tu és
Sorriso límpido,
amáveis olhos, branda pele quase pálida, seminua beleza grega olimpiana
Entretenho-te num
sonho fictício, numa jornada repleta de estrelas cadenciadas pelo poema no qual
cubro teu corpo para proteger-te. Te adornar
Minha...
meus pinceis
na dança lenta das
tintas, tua pele fica.
Vislumbro teu corpo,
tua alma: cores para meus tercetos e também meus sonetos!
Escrevo-te nua na tela
para depois me despir
Silencio-me, me calo
para ouvir teus leves traços que me levam
Visto-te.
Didiu 2013