Faço-te alguns
bilhetes
Inúmeras cartas
escrevo-te
Faço-me carteiro
poeta
Beijo tuas mãos e com
todo possível cavalheirismo cortejo-te
Cortejo-te em meus
bondosos e deliciosos devaneios
Tu és minha adorável mademoiselle!
Senhora dos meus séculos!
Convido-te para uma
dança na qual me ousaria respirar cada sorriso de teus olhos
Continuaríamos
Faço-te flor
Uma flor vermelha para
desabrochar
Da cor do batom da boca
tua que borra pele
Quão sangue que corre,
percorre pelas minhas, nossas, tuas veias
Faço-te poema
Quão sempre fiz
(quis) em minhas noites, madrugadas e dias, e tardes frias longas quentes e infinitamente
minhas. Somente minhas
Faço-te conto ou crônicas
que narrem sonhos que transcendem meu eu quase poeta
Faço-te Érato. A amável!
Que inspira a poesia amorosa. Filha de Mnemósine e do sábio Zeus!
Em 80 segundos dou a
volta ao mundo. Minhas “Vinte Mil Léguas Submarinas”
E num canto qualquer
descanso e amanso o rancor do súbito e sonoro silencio que escandaliza minha
alma!
Faço-te alguns
tercetos
Deixo os sonetos para
depois que brincarmos de esconde-esconde e pularmos amarelinhas nas nuvens do
olimpo
Minha música também é
tua! Ofereço-te
E para sempre irei
dormir com todo amém em mais uma dose do meu doce vinho de Baco. Nosso Dionísio
“dos ciclos vitais, das festas, do vinho, da insânia, mas, sobretudo, da
intoxicação que funde o bebedor com a deidade. Filho de Zeus e da princesa Semele, o único
deus olimpiano filho de uma mortal, o que faz dele uma divindade grega atípica”.
Beijo...amém.
Didiu 2012