quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Tudo se resolve


Acordar bem cedo
Lavar o rosto da alma
Enxugá-la com lenço do silencio
Por um momento ser palavra, verso
Silenciar-me diante de vossa presença e de tantos outros também
Emudecer ruído provido no pensamento... o soar que em mim devoras ressequindo o pranto
Uma cantiga uma tocada

Vai-se... se arrastando pelo chão dos céus pelo chão dos meus
Vai para não ir, para não vir, para não voltar, para não ficar... simplesmente se vai, se esvai

E sob a lua que murmura haicais rabisco reticências e nada mais
Sou gênero
Genético
Poético peripatético

Acordar bem tarde
Abrir os olhos da alma, recolher o sonho
Estender as mãos e os passos, calar a voz do silencio, cativar o grito, o sorriso contido, descalçar os pés.

Conspiro meu universo a favor de alguns morangos... sede dos lábios de vossa boca vermelha.


Didiu   2012

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Uma Marilyn Monroe para mim.


Meu louco desenvolto aspirante ao delírio do gozo vendo pernas nuas na TV
“O pecado mora ao lado”... minha deliciosa Marilyn Monroe.
Inventivo anseio esquentar demasiada quentura que me ferve no sofá
Alma lúcida se pondo naquele corpo donde brisa acalenta suave
Visto beijo errante pelas curvas ate as pálpebras
Minhas mãos pasmas delineando significado por baixo do vestido na busca das minuciosas palavras secretas
Faço-me dono soberano... Senhor das malicias... línguas e dedos, exatidão que triunfa e reina sobre a pele perdida.
Vinho unindo-se aos poucos aos arrepios tontos... minha imaginação banhando-se em águas do lago ao lado das fantasias que me nutrem, fazem-me nuvem branca para passar sobre o corpo dela fazendo-me chover, irrigando gemido... à flor da pele derretendo-me em gotas de poema

Frisson... sedução.


Didiu  2012
 

domingo, 5 de agosto de 2012

Cenas... poesia, cinema Cult


Noite de jogos donde estratégias metamorfoseavam-se em versos para poema sobre verde da mesa com enumeradas e coloridas esferas que circulavam feitas tontas e estabanadas
Pares e ímpares dançavam num ritmo desvairado por vezes cadenciado sob aprazível frisson coletivo

Ele, ela, ele. Eles... 3

Sorrisos, risos... olhares, bocas, gestos... movimentos dos corpos e semblantes. Destrezas brotavam... asas cresciam, almejavam voos, a vitoria.
Música se estendia enquanto esferas eram embocadas, conduzidas sistematicamente mesmo que teimosas.

(...) açucarada quinta-feira para uma sinuca.
Um Martin Scorsese: The Color of Money (A Cor do Dinheiro)

A música o tom, Tonalidade momento, Vitorias e derrotas revezavam-se... luz câmera (ins)piração para alguns escritos longos e curtos
Retrato duma noite. Cenas se misturavam convertendo-se em verbos fazendo brindar reverberada poesia, cinema Cult

As horas passavam
O tempo sorria
Excitação para bela tranquila ventura

Ela, ele, ele, eles... 3
Finda noite
Era uma vez

The End.


Didiu  2012