Vasculhando... palavras ali contidas
Primeiro ato: o Retrato
Ela: O que tanto admira neste Bendito retrato?
Parece procurar por algo nele escondido!
Ele: Apenas admirando e me encantando por estes olhos que
muito me fazem escapar palavras sinceras e belas
Há tanto brilho aqui que cativa demasiadamente meu pensamento,
meu imaginário. Condicionando-me a um estado de hipnose contemplativa.
Há palavras nestes olhos que me devoram desnudando minha miserável alma
Belas como ternuras santas! Como as mais altas
benevolentes virtudes.
Ah!
Porventura poderes mágicos eu tivesse...
Uma grande lástima não tê-los!
Segundo ato: Do sorriso gostoso
Alimentando-se daquele sorriso, colocou o retrato sobre o
painel de seu velho calhambeque e seguiu pela estrada cor de terra de Siena.
Siena crua. Meio preguiçosa poeira levantava por onde ele passava... pra
depois... logo depois... se deitar sobre folhas das velhas gameleiras que o
assistia pelo caminho
Pensamento esbravejava ao seu ouvido:
- Sorriso pra um dia perfeito!
Ele: Sorriso gostoso... faço-me vontade em devorá-lo
neste sugestivo branco e preto. Avançar fronteiras... ser Senhor do tempo! Riso
seu sorriso, agora meu conto minha poesia. Acompanhe-me por esta tarde, vou levá-lo
ao por do sol para que seja feito seu renascimento em gloria pelos céus, pelos
seus... e a cada canto, nas esquinas dos lugares onde habitam palavras que se
escondem prontas para a dança, celebrarei diversos versos pra você. Somente pra você.
Didiu 2011
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