quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Daquilo que me convém


Quando
Eu
Der
Conta
De mim mesmo(a)...
Mesmo sem nenhum vintém

Pra quem?
Pra eu mesmo(a).
Mesmo sem algum conto de réis

Quando eu sair para buscar...
E
Eu
Der
Conta de mim...

Pelo caminho...
Meus passos descalços “sombriamente belos”

O que dizer do meu(?)
Pensamento amado.

Construindo arquétipos que me colocam num altar, num pedestal
Minha bendita gloria!
Meu santificado (per)verso

Prontifico-me voar então
Ao invés andar...

Meus pés descalços nos céus, pelos céus me convém

Meu lápis num instante é jazz... um filme nacional, e ou, um paÍs das maravilhas.

“CORTEM AS CABEÇAS!”

Didiu 2011


segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Retrato de Grace Kelly


Vasculhando... palavras ali contidas

Primeiro ato: o Retrato

Ela: O que tanto admira neste Bendito retrato? 
Parece procurar por algo nele escondido!                                                                           


Ele: Apenas admirando e me encantando por estes olhos que muito me fazem escapar palavras sinceras e belas
Há tanto brilho aqui que cativa demasiadamente meu pensamento, meu imaginário. Condicionando-me a um estado de hipnose contemplativa.

Há palavras nestes olhos que me devoram desnudando minha miserável alma
Belas como ternuras santas! Como as mais altas benevolentes virtudes.

Ah!
Porventura poderes mágicos eu tivesse...
Uma grande lástima não tê-los!

Segundo ato: Do sorriso gostoso

Alimentando-se daquele sorriso, colocou o retrato sobre o painel de seu velho calhambeque e seguiu pela estrada cor de terra de Siena. Siena crua. Meio preguiçosa poeira levantava por onde ele passava... pra depois... logo depois... se deitar sobre folhas das velhas gameleiras que o assistia pelo caminho

Pensamento esbravejava ao seu ouvido:

- Sorriso pra um dia perfeito!

Ele: Sorriso gostoso... faço-me vontade em devorá-lo neste sugestivo branco e preto. Avançar fronteiras... ser Senhor do tempo! Riso seu sorriso, agora meu conto minha poesia. Acompanhe-me por esta tarde, vou levá-lo ao por do sol para que seja feito seu renascimento em gloria pelos céus, pelos seus... e a cada canto, nas esquinas dos lugares onde habitam palavras que se escondem prontas para a dança, celebrarei diversos versos pra você. Somente pra você.

Didiu 2011



quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Dois mil e nove (por do sol)


Do por do sol...
Que se propõe
Pra aqueles cabelos e um deles... amarelos
Certo olhar e um depois, mais tarde... até tarde
Memória fotografada porque são dois
Depois se formaram... três

E o (re)trato enquadrado... poderia o quarto ser?
Daquele céu crepúsculo...
Marca do encontro posto sob o antes

Agora o ontem o amanhã o hoje, o que lhe foi dito o que lhe foi quisto

Retrato lembrou música, música lembrou retrato

Do por do sol...
Quase abraçados e o futuro se viu ser

Boa bondosa verde relva dum dia bom

Que bom!

Viu-se poesia, poema se viu
O belo lhe foi sincero gesto
Guardou no bolso dos olhos seus e nos olhos deles
Dos olhos deles veio porvir

E o sol sem pressa.
Brandas coloridas nuvens, música suave
Palavras contidas... vasculham
Dos olhos tarde fulguram
Sonhos sonhosos sonhos de asas prontas para o vôo

E o por do sol seus olhos viram deitar
No horizonte além.

domingo, 4 de dezembro de 2011

Coisas sobre um anjo (in)confidente.





Do pensamento que lha faz calmaria
Que desobedece
Condena-lhe querência
Carta dum (in)confidente
Libertas Quae Sera Tamen!
Sonhos tortos de asas longas
Vôo confinado em segredo degredo
Afronta medo(s)
Pálido endossa paginas
Quão vontade desperta à espreita dos tantos

Terra para aquela vista míope astigmática!  

Procurando...

Por esperar...

Por alguma utopia

Que lhe faça

Que lhe talhe

Que lhe conceda.

Didiu 2011