terça-feira, 30 de junho de 2009

ESCRITOS



Alguns escritos saem por aí

Em busca de aventuras

Soltos e revoltos

Se embriagam em abstrato

Poesia concreta em marcha lenta

Ao vento, ao relento

Suplicando em esgotamento


Alguns escritos não saem por aí

Enclausurados refazendo-se

Mergulham na solidez

Tornam-se fortes, colossais

Entregam-se ao óbvio numa pintura íntima e subjetiva


Quantos pontos, reticências e vírgulas!

Figuras retóricas no final de qualquer frase


Etecétera e etecétera


Por que sou poeta?

Talvez pelo fato de não ter mais o que fazer

Talvez pelo fato de não me tornar seres iguais a vocês.

Didiu 2009

Um comentário:

Naiara Antunes disse...

Ninguém se torna poeta,nasce poeta!
Tem que ser desprovido de mesquinharias humanas e carregados e sentimentos...E isso vc tem pra dar, vender e emprestar...Talento nato!