domingo, 1 de março de 2009

SENTIR




Diferença no escrever
Dizer
Sentir
Tocar
Complemento das palavras
Indo além dos dizeres
Dizeres polissílabos... monossílabos...
Ditongos e hiatos
Gramaticalmente unidos
Para se acompanharem
Sentindo passo a passo o sentir do outro
continuamente infinito
Sinto-me Alice maravilhosamente Alice
Meu mundo mundo meu
Espera-me
Me espera que vou
Que estou em desvairado devaneio
Entre meios e entremeios
Sensivelmente à flor da pele

O beijo

Pele suave serena
Serena sob luzes quem iluminam
Indicam caminhos
Possibilidades
Sonhos intermináveis sonhos em jardins sem sóis
Sob estrelas não cadentes
Sem serpentes, Adãos ou Evas
Pecado sagrado profano
Razão das desrazões ao vento que se foi
Razão que a própria razão desconhece
Jardim com sóis
Girassóis em busca do sol da manhã que acaricia a acalente pele
O maior do desamor e desilusões
Ao banco me dirijo
E apesar de como me encontro...
Me encontro desencontro encontro
Almas que partiram ao fim do início

Paradoxal

Vãs proposições sem finalidades propostas
Objetividades subjetivas
Sensivelmente sensível ao longe
Navio imaginado por uma alma talvez inóspita
Incompreesivel
Vôo emoldurado sob folhas que não caíram dispersas aprisionadas
Que viera contemplar a infinitude das diferenças
Da igualdade

Somos todos assim
Sem fim, sem início
Começo de uma vida!

A beleza do sentir só pode ser traduzida em poesia.


Didiu e Naiara Antunes
2009




Um comentário:

Unknown disse...

Ficou magnífico! eu, você...e nossas palavras.