Linhas... o tinto Adiante, diante dela:
A lua
A música que brinda e eu olhando, ouvindo atenciosamente
os instantes... versos que giram
O efêmero que se esvai...
O sorriso esticando, tocando as vontades... transcendendo
À noite pela madrugada que se arrasta devagar
ligeiramente pálida e branda
O suave doce... seco da cor da uva, semi-seco adicionado
aos tons pastel
Cores fortes me suavizam... sinto-me sentido sentindo
sentidos
Paginas dum disco... uma taça, uma dança, silencio que
grita que compõe sonetos
Um brinde...
Para uma véspera a espera, a espreita numa esquina
qualquer de um desejo qualquer, de uma esperança qualquer. Sons sonolentos para
uma crônica, para uma aranha tecelã esboçadeira de teias, de pensamentos moldados
em paredes desbotadas com cascas soltas e dissolvidas pela generosidade do
tempo.
Folhas brancas e pálidas
Um texto porvir... um beijo destilado. E na memória da
melhor faixa (nas entrelinhas): um tímido sorriso bucólico. O som do frio pelas frestas, e os parágrafos
ordenados indagando-se entre si sobre uma provável interferência dum insight inquieto
pronto para dizer
Andando com segredos e melodias nos bolsos
Estrofes, versos
Amor mar sonhos e uma brisa leve
Sorrateira brisa leve
Que move e remove
E dissolve
Abrevia
Didiu 2016
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