terça-feira, 31 de março de 2015

fragrância manuscrita - poesia e pele



Pelo teu corpo: poesias
E em cada curva um verso meu
Haicais pelas pernas e antebraços
Em tuas mãos alguns sonetos, contos e crônicas, espalhadas e delineadas
Minha linguagem transcrita, verbalizada em teus seios

Tua boca, tuas mãos
Fragrância de rosas púrpuras
Gosto do mel

Poesias pelo teu corpo
Contornos, manuscritos , escritos tatuados  
Em teu dorso uma máxima
E o meu corpo mimeografado pelo teu.

Didiu 2015


domingo, 29 de março de 2015

lentamente devagar (com amor e afeto)




Havia navios, barcos a vela, nuvens de boa vontade nos céus

A lua deitada,
 cadenciadas estrelas desenhadas ao lado do rosto dela, e o sol nascente da janela do meu sonho que se firmava e nomeava estrelas cadentes para homenageá-la

Nossos corpos desvairados entregues e desarmados de pudor na cadencia dos murmúrios, sons e o gozo.
Prevaleceu a tranquilidade e o repouso   
   
As horas perpassavam pelos nossos poros transpirados e reluzentes, traduzidos nas poesias e nas palavras que se encaixavam simetricamente na cama. 

O pôr do beijo delicadamente voraz – havia luz nos olhos, movimento (des)atento sobre os travesseiros amarrotados, alinhavados, e o nome dela em mim. 

Assim...
De um jeito agradável

Gestos...

permaneceu suave.

Didiu 2015


quinta-feira, 26 de março de 2015

levemente ( com amor e um beijo )



Comportadinha ou comportadíssima
Não importa a cor do teu batom
Nem tão pouco a cor da luz de neon
Eu quero é arrancar, suspirar um beijo teu
A minha boca na tua boca
E a tua roupa repousada no chão
No chão da sala
No chão da cama
No chão da alma
Nós dois nus
Despidos das vergonhosas vergonhas

E os meus dedos atrevidos
E as nossas línguas sob o delito da cumplicidade até tarde pelas longas horas da noite num quarto de hotel

Num belo horizonte
Num vir do porvir.

Didiu 2015



sede



Meu pensamento tocando-te, teu rosto assim pra mim
Com os olhos fechados, teu gosto sente os meus e os meus os teus
Faço-te um poema para navegar...
Na curva da noite pensando em ti
Nas esquinas...
Escrevendo cartas pelas horas dos ponteiros para beijar-te, sentir, tocar

Pela janela, disperso não dispenso o verso
Sorrir, ele me faz
Senti-la...
E teus cabelos com aroma de enlouquecido desejo, entrelaçados, perfumados entre as pontas dos meus dedos

Um sopro, uma brisa, na tua direção beijos indo

fingindo dormir para sonhar, fico aqui sorrindo

E em cada sonho meu:
Teu corpo, teu beijo e a minha vontade

saudade.

Didiu 2015