segunda-feira, 31 de março de 2014

Em versos durmo,em versos desperto.

Quando à noite em versos durmo
Vossos olhos diurnos me despertam

Vós que sois sonho-devaneio, o alvoroço que levita e que suave em mim transita
Fazendo-me intimo das vossas volúpias, descortina minha alma de poeta

Invento ventos para que me sopre, brisa repentina para que em meu leito refrigerem
Minhas portas e gavetas entreabertas
Minha nudez, meu iluminamento

Quando à tarde em versos desperto
Vossos olhos noturnos fazem-me dormir


Num canto lírico da minha poesia vossa ausência faz-se presente
É a saudade que desperta a minha vontade de vosmicê


Sois toda bela, ó poética flor!


Didiu  2014

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