quinta-feira, 11 de julho de 2013

Naquela tarde (brancas rosas).



Naquele dia, naquela tarde... ela se fez feliz como de costume. Dançou a dança alegre cumprimentando chuva que se anunciava suave quão poesia romântica. Ela flutuou feito butterfly com asas de guarda chuva e esperança serenamente posta nas suas sapatilhas de bailarina um pouco aborrecida por coisinhas aparentemente miúdas.

Naquela tarde, bem no finalzinho daquela tarde... ela dançou Vinícius e Cecília, drummondiou seus passos com passos compassados por uma cadencia docemente lírica e elegante.

E a luz do farol ainda não acesa, testemunhou. Ela, sobre paralelepípedos dum cais de porto partido e remontado por linhas de veludo de um novelo aflorado em suas entrelinhas, se pôs a recitar poemas com os pés envaidecidos, quão brancas rosas formosas.


Didiu  2013

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