Naquele dia, naquela tarde... ela se fez feliz como de
costume. Dançou a dança alegre cumprimentando chuva que se anunciava suave quão
poesia romântica. Ela flutuou feito butterfly
com asas de guarda chuva e esperança
serenamente posta nas suas sapatilhas de bailarina um pouco aborrecida por
coisinhas aparentemente miúdas.
Naquela tarde, bem no finalzinho daquela tarde... ela dançou
Vinícius e Cecília, drummondiou seus passos com passos compassados por uma
cadencia docemente lírica e elegante.
E a luz do farol ainda não acesa, testemunhou. Ela, sobre
paralelepípedos dum cais de porto partido e remontado por linhas de veludo de
um novelo aflorado em suas entrelinhas, se pôs a recitar poemas com os pés envaidecidos,
quão brancas rosas formosas.
Didiu 2013
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