Naquela noite...
No silencio...
Acariciei teus sonhos, teu corpo nu, tuas mãos estendidas,
erguidas para mim
Fez-se dia suposta lua isenta
E em teu leito-cetim beijos espalhados catei
Fiz-me semi-nuvem, tempestade amiúde
Revelei-me em ti
O efêmero encontro
Na velocidade do suave pela tua procura me (re)fiz
driblando, desvincilhando dos ventos
Não houve chuva, sobre a tua pele derramei versos que fiz
pra acalmar, te conduzir, cortejá-la pelas entrelinhas, esquinas e becos de
quaisquer sonetos e tercetos
Naquela noite pela janela dos teus desejos... no teu âmago-cortiço,
sorrateiro adentrei
E sob teus caprichos...
Beijei teus pés, beijei teu dorso
Compus o teu deleite
Naquela noite.
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