sábado, 23 de março de 2013

Alegoria dos meus sonhos... signos e silêncios





Trago no bolso alguns monstros, são meus desde sempre, eu nunca os abandonei e pra falar a verdade nem pretendo fazê-lo. Lembro-me deles em minhas paredes tatuadas, desbotadas e coloridas. Já se passou muito tempo. Meus super heróis, eu mesmo os inventei, eles não possuem super poderes como todos esses outros enganadores, mentirosos e ardilosos que andam por aí sustentados por suas mascaras, escondendo suas verdadeiras personalidades de canalhas. Santas Canalhices! Para cada um oferto um pedaço de minha pequena alma desordenada e algumas ondas de minha desinquieta calmaria.
Já colecionei silêncios de todos os tipos, silêncios gritantes, mudos, cegos, surdos... já foram tantos que perdi a conta, alias, vivo perdendo as contas e também alguns muitos significativos faz de contas. Sou absurdamente incapaz de não perdê-los, sempre me escapam fugindo e se escondendo na escuridão das minhas secretas gavetas trancafiadas a sete chaves. No sopro dos meus ventiladores de teto alguns deles dispersam e se dissipam em cacos de gritos que me cortam feito malvada navalha.


Vou assim ali
Assim, de um jeito com santa calmaria pra estar
Fico aqui parado prostrado em movimento, meu pensamento me dizendo a fim de me acalmar,
por isso vou correndo um tanto pelos paralelepípedos daqui da minha rua povoada pelos meus queridos e amáveis silêncios.

Didiu 2013

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