sábado, 23 de março de 2013

Alegoria dos meus sonhos... signos e silêncios





Trago no bolso alguns monstros, são meus desde sempre, eu nunca os abandonei e pra falar a verdade nem pretendo fazê-lo. Lembro-me deles em minhas paredes tatuadas, desbotadas e coloridas. Já se passou muito tempo. Meus super heróis, eu mesmo os inventei, eles não possuem super poderes como todos esses outros enganadores, mentirosos e ardilosos que andam por aí sustentados por suas mascaras, escondendo suas verdadeiras personalidades de canalhas. Santas Canalhices! Para cada um oferto um pedaço de minha pequena alma desordenada e algumas ondas de minha desinquieta calmaria.
Já colecionei silêncios de todos os tipos, silêncios gritantes, mudos, cegos, surdos... já foram tantos que perdi a conta, alias, vivo perdendo as contas e também alguns muitos significativos faz de contas. Sou absurdamente incapaz de não perdê-los, sempre me escapam fugindo e se escondendo na escuridão das minhas secretas gavetas trancafiadas a sete chaves. No sopro dos meus ventiladores de teto alguns deles dispersam e se dissipam em cacos de gritos que me cortam feito malvada navalha.


Vou assim ali
Assim, de um jeito com santa calmaria pra estar
Fico aqui parado prostrado em movimento, meu pensamento me dizendo a fim de me acalmar,
por isso vou correndo um tanto pelos paralelepípedos daqui da minha rua povoada pelos meus queridos e amáveis silêncios.

Didiu 2013

segunda-feira, 18 de março de 2013

Milady





Respiro teus olhos, feito lobo matreiro
Devoro lábios da tua boca avermelhada, teu corpo sem vestido.

Tua torpe beleza aprontou-me... paralisaste-me por instantes, pôs-me em sonhos
Agora invento historias, memórias
Transbordo-me em delírios,
em minhas fantasias me visto com a nobre feição de meu mais novo arlequim

E tu que passeias nua em teu cavalo branco trazendo-me voluptuosidade, instigando minha perversa sede, fazendo-me refém. Provocas-me

Doravante cumprimentar-te-ei por onde passar, a fim de cortejar-te para algum distante perto de mim.


Didiu 2013

domingo, 10 de março de 2013

(BEM+QUERER)




Saudade(s) dela
Ela...
De longe
Bem perto do meu ouvido
Conversas...

Fazer dormir a insônia
Fazê-la sonhar
Ela, da pele branda, dos olhos ternos.

E NUM SONHO O DIALOGO:

_ Querida e adorável mademoiselle, desejo-te um belíssimo bom dia. É sempre bom vê-la logo de manhãzinha juntamente com o despertar de nosso queridíssimo sol, que sempre se levanta pontualmente todos os dias com tamanha cara de sonolento, mas ao mesmo tempo sempre nos proporcionando um brilho irradiante.

__... Muitíssimo obrigada bondoso senhor. Percebo que gostas muito das manhãs e dos detalhes de teu desabrochar. Desejo-te também um ótimo dia. É sempre bom ouvir bonitas palavras logo cedo, realmente o dia torna-se muito mais encantador. 

DEPOIS VIERAM OS OLHOS ABERTOS E O DESPERTAR DO SONHO

E aquela voz ainda em mim, abriga-me nos dias, nas noites, no sentir
Poesia para o conforto, o confortavelmente acolhido pelas palavras (re)colhidas e vertidas
Num suspiro. Um alivio que aterrissa para aconchegá-la
Para o acalento
Para o afago da alma
E nutri versos para fazê-la bem

Esplendido querer
Benquerer
Ela.

Didiu  2013