Componho minha luz, minha tradução... meus silêncios. Faço-me
páginas escritas dum Neruda a fim de apanhar meus muitos vagalumes que
transitam por aí sempre na direção oposta aos três sois inventados por
mim.
Contenho-me no iluminamento de minha alma, na ternura da música
que me aborda, que me deixa sempre aceso, que me provoca sagrada e benquista
quentura. Minha chama na direção do porvir.
Me (pre)encho de metáforas, me alimento delas. Minha refeição
favorita: café da manhã almoço jantar.
Redefino o escuro que insiste em passear em torno de minha vela
com fogo mole. Sigo assim, saindo de mim, entrando em mim. Adentrando o
insólito, o súbito! A vontade do sorrir em mim.
Percorro correndo os olhos pelas palavras iluminadas, quentes quão
fogo ardente que me refrigeram por dentro.Vou assim, sou assim: lento em
velocidade!
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