domingo, 17 de fevereiro de 2013

Abstinência do escuro




Componho minha luz, minha tradução... meus silêncios. Faço-me páginas escritas dum Neruda a fim de apanhar meus muitos vagalumes que transitam por aí sempre na direção oposta aos três sois inventados por mim.  

Contenho-me no iluminamento de minha alma, na ternura da música que me aborda, que me deixa sempre aceso, que me provoca sagrada e benquista quentura. Minha chama na direção do porvir.

Me (pre)encho de metáforas, me alimento delas. Minha refeição favorita: café da manhã almoço jantar.

Redefino o escuro que insiste em passear em torno de minha vela com fogo mole. Sigo assim, saindo de mim, entrando em mim. Adentrando o insólito, o súbito! A vontade do sorrir em mim.

Percorro correndo os olhos pelas palavras iluminadas, quentes quão fogo ardente que me refrigeram por dentro.Vou assim, sou assim: lento em velocidade!

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