Meu televisor, xícara com vinho, pétalas de rosas
escritas por mim
Ando rabiscando, andando pelas minhas andanças, caçando
onças, tigres de bengala, elefantes e imaginárias mariposas com asas de anjo
Minha gota d’água transbordou aqui, inundou minhas
páginas ainda insuportavelmente brancas. Vou indo, sorrindo mesmo que
ironicamente, indo com um gosto que não me pertence desde sempre. Mas, não sou
um sínico burocrático.
Pertenço ao meu próprio tempo, ao meu nome devidamente
inventado. Minha parte é somente minha parte, verdadeiramente minha. Pertenço
ao meu avesso sobriamente atrevido, absorto. Eu sóbrio sobre todas as
totalidades indigestas. Zelo por minha consciência, pela minha alma talvez ríspida.
Sou um tipo de furto na ausência do presente.
Presente (dês)embrulhado pra presente.
Didiu 2013