Posso ouvir meus
olhos fechados em pleno plagio dum voo
Faço fazer valer
palavras em mim, arrancar do bolso uma moeda que não valha qualquer vintém
Ando melhor com os
meus pés descalços... sapatos insistentemente me incomodam. Aprecio sentir o
chão, adorável agridoce pra mim
Sobrevivo de metáforas,
sei (aprendi) desenhar felicidade
Porventura uma gota d’água
(lágrima) despencar dos meus olhos, não se preocupem, é sinal que estou
sorrindo em prantos
Sou meu melhor
palhaço serafim, tenho um par de asas remendadas, alinhavadas com gratidão.
Talho meus sonhos, faço da chuva meu agasalho, me visto com elegância para
conduzir meus segredos, meu sentimento de pertencimento provoca-me utopias
pelas quais rogo preces
Circunscrevo-me com
doses de tintas, palavras, poemas e alguns tantos versos
Faço girar
Meu grito, meu silencio
Meu paradoxo: errar
para acertar pelo erro
Invento verdades:
minhas melhores mentiras
Posso ouvir minhas
narrativas... passos curtos e longos, meu mito breve abreviando-me com amores. Minhas
adoráveis (a)venturas.
Didiu 2012
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