quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Quarta-feira de cinzas amarelas


Inventei carnaval que me reinventou
Vesti-me de Colombina, Amélia, Arlequim e Pierrot.
Deixei o tempo passar com o tempo mesmo
Circundou-me noticias novas que me fizeram sorrir... rir
Trouxeram-me uma sacola com diversos versos coloridos em confetes

Inventei uma rede preguiçosa para me balançar enquanto as mulheres na varanda reunidas teciam assuntos sobre viagens que se tornariam inesquecíveis para seus olhos e corpos-alma.

O Boêmio voltou feliz com sua felicidade
Ele é o que é... tampouco importa.

Agora com mais línguas, dedos e bocas.

Ah! Aqueles olhos permanecem...  durmo tranquilo... para degusta-los nos meus sonhos
Para degustar pela pele, pétalas, e seu sorriso que me faz sorrir...
E seu nome que me faz levantar.  

Reinventei carnaval que me inventou assim.

Didiu 2012

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Algumas coisas sobre meus olhos fechados.





Pelos cantos tantos me fazem deslizar tanto
Tanto suspiro olhar que aponta
Que me estica... pele fica
Das mãos o cheiro
O gosto dos olhos, do olhar.
E seus cabelos dum sol que irradia boas-vindas me dão

Algumas dúzias de sorrisos para ela eu fui buscar numa outra aurora

Convidaria-lhe para um chá
Para o sonho tocar o teto
O lisonjeio do tato
E das bocas juntas o encontro feito

Feito perfeito Almodóvar
Cores da Frida Kahlo

Seu beijo debruçado num canto da vontade me escapa, talha, tolhe... acolhe-me
às avessas que me atravessam
sem pressa
com pressa das flores.

Didiu 2012

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

SUBJETIVISMO MEDIEVALESCO


A mente amarra absurdas cicatrizes


Arranhei-me aqui

Fui deitar junto à lua, sobre o telhado feito gato
Pra eu ver se desato nó da amarradura medievalesca

E se eu cair?

Que quebrem apenas minhas pernas finas!

Preciso de minhas mãos para escrever
Não suportaria  tal circunstancia!
Mesmo assim... prefiro me atrever,  deitar no divã do telhado sob analise da minha lua

Feito bichano mesmo.


Didiu 2012

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

"Sobre o poeta... que pinta!"

Catou os pontos...  os uniu numa reta em curva

Doses de tintas embriagam-no
Madrugada...
Lá dentro seus pinceis... girando esferas
A cor da liberdade desliza, baila feita bailarina da caixinha dum Tchaikovsky

Seus dois cisnes

Fez-se encontro... um conto
Elegeu-se pelos seus céus...  entre flores girassóis

Tão bem-vindas!

E vai devagar com pés lentos ligeiros (i)refletidos
Sua (a)ventura
Entrelinha mastiga, reticências saliva

O amanhecer sugere... sublinha, e o devora.

Didiu  2012