domingo, 29 de janeiro de 2012

Núpcias

Seqüências... as folhas secas que velozes passam, que grudam na pele clara... que fazem pensamento esbravejar:

_ Roubaria aqueles olhos... levá-los-ia para os meus sonhos

Ao toque da pele, das mãos tranqüilas
O arrepio, a fervura
E guardaria meus sonhos para outros também. E toda noite antes de dormir convidá-los-ia para comigo deitar-se.
E o que me desperta depois dos sonhos... a pele rosa
Olhos que sorriem tão contentemente que me mastiga alma...me deixa nu!
Nutri dentro de mim a flor
A dança
O Charleston
A valsa sincera
Meu ultimo tango em Paris!

Seguimentos... Faria destas minhas núpcias.

Didiu 2012





sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Um dom num tom

Goteja o gosto pela tinta
Tateia tela
Forja o real... o signo
Faz-se surreal subentendida
Indicio indica
Algumas narrativas... surrealismo subverte mundo imaginário que lhe conforta
Sua linguagem
Tão dito sua marginalidade. Não compreendem absolutamente, definitivamente

Pobres mortais!
Desfilam com seus olhos despidos, seus estagnados pensamentos!

Implícito
Intrínseco
Nas entrelinhas
O oculto...
O belo

Uma indizível beleza trazendo cores e formas distribuídas simetricamente conforme planos, perspectivas...

Luz
Sombra
Disposição
Volume

Seu discurso dialoga. Confere-lhe toda peculiaridade. Seu dom num tom, tonalidade textura.

Didiu 2012

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Ergástulo da liberdade

Tranco-me naquele pássaro desbotado ao lado tão longe pelo alto entre as nuvens que anunciam chuvas que despencarão daquele céu, e forjarão inúmeras poças d água.
E as crianças em festa com seus barquinhos de papel, brincarão de marear... tornar-se-ão Corsários dum Rei confuso, ou piratas de qualquer Caribe inventado.


E o pássaro por sua vez, com toda sua cordial sensatez... voará para desconhecidos longes  distantes  possíveis.

Voará!

Voará...

Deixando um tchau, um adeus, um até logo... e um incomparável e sincero sorriso.


Didiu 2012




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terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Conjugando sonhos

A sensação do beijo pensamento apronta
Estica alma, tocam-lhe suave, ritmadas mãos
Aprecia o calor e a fervura quão sonho lhe é dado
Mastiga rosa, seduz... suborna espinhos
O canto no canto do silencio, sorrisos e sons tão perto despertam seguidilhas

Na dança dos sonhos
Noticiam versos
Circulam poemas
Degusta o súbito
O corpo... a poesia que lhe é dada
No leito adormece, a flor, apronta pensamento.
A intenção... o desejo inseparável. O segredo que fala, escapa.Foge para além da música.
Conjuga-lhe...  transborda grata.

Didiu 2012









segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

FLOR POEMA


A reza que roga o fôlego... insinua vazio ingênuo
Há vários espaços... pela casa...esquinas
Num canto o canto harmônico desvenda lenta sem pressa perpassa
Pés cabisbaixos em vigília acolhem sorriso entregue pela vã hora do tempo
O orgulho tempo... trazem as nuvens... a flor poema que desabrocha
Envaidecem pétalas
O bem-me-quer, o mal-me-quer, o que foi quisto
As mãos dadas desatadas... malgalante nó

O fôlego suspira prece
Bem aventurado refez ligeiro
Secaram lágrimas em poças
As lágrimas sorriram.

Tornou-se andarilho

Verbo
Verso
Poema

De tal forma narrou-se a história 

Didiu 2012

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Desvencilhando


Sobre pés afloram...
Silencio fomenta voz
Quão doce música
Da poética sóbria, olhos pelos olhos se dão...Fazem questão. Desvencilham pecado
Consomem-se com as mãos fadadas. Sagradas consagram-se. Pureza que se propõe
O Beijo
O fado
Todo romantismo posto
O Tejo...banha literatura além mar
Vilarejos, lugarejos...quaisquer outros tantos
Os pés afloram
Perfilam sonhos

Tateiam o encontro... transcendem

Didiu 2012