Das palavras que adormecem
As palavras também adormecem
Existe uma grande necessidade para isso
Adormecer. Um sono profundo, um descanso...
Das idas e vindas
As idas e vindas constantes das expressas horas submersas
de um tempo recalcado, fazem com que aquele “eu” peripatético tropeça varias
vezes provocando alternadas derrocadas.
Depois do
café, viriam as marés... maré alta, maré cheia ou preamar, maré baixa ou
baixa-mar.
Das insurgências
das palavras
Incompreensíveis
aos olhos nus... pois é necessário o
dom. Um descodificador
Submeter-se às
lágrimas, aos sorrisos desvairados, ao exílio
O hino da
insurreição toca embrenhando-se pelas entranhas da alma, toca imponentemente
despertando entrincheiradas palavras para mais um iminente levante. Um motim
Das palavras que
despertam más
As palavras
também despertam
Algumas se
despertam falácias, demagogas e arrogantes. Demasiadas palavras
Estas são
perigosas, algozes e dissimuladoras. Assombram os poetas
Das palavras que
nascem e ou despertam benevolentes
Emergem das
bocas dos poetas, e ou daqueles quase poetas, das variadas línguas, das bocas
que versos recitam que versos declamam. Palavras minhas, palavras suas... de
outrem. Quaisquer palavras, em todos os dialectos que fazem um bem danado.
Confortam a alma.
Depois do
jantar, viriam as marés... maré alta, maré cheia ou preamar, maré baixa ou
baixa-mar.
Didiu 2011