segunda-feira, 29 de junho de 2009

LAVOURA ARCAICA



Eu me vi bem ali
Na primeira cena
No primeiro ato
Com a velocidade e a força de uma locomotiva
Um cargueiro a todo vapor prestes a descarrilar
E em minutos... o estrondo!
Estardalhaço de volúpias
As cores de uma lavoura arcaica tomaram conta de mim
Por alguns instantes meus pés continuaram grudados
Deliciando-se em desejos que ainda me purificavam
Minha boca sentia o gosto libido
Belo e doce fervor que me entorpecia
E em uma prece, deitei-me de lado
Faminto...com uma fome visceral que de alguma forma me fazia sorrir

Tempo...
Tempo...

Porque tu és o efêmero tempo!
Senhor, dono do passageiro que não cessa no passar.

didiu 2009

Um comentário:

Naiara Antunes disse...

Intensidade!
Só isso que tenho a dizer...Minhas palavras se calaram diante desse ímpeto desejo...FOrte!