sábado, 24 de janeiro de 2009

Gosto




Gosto do gosto do som
Do barulho da comida
De voar sem ter asas
De ir ao longe, sem sair do lugar
De crescer sem aumentar a estatura
Do prazer que o desprazer traz

Gosto do improvável, do complexo
De tudo que não tenha nexo

Gosto do gosto do gosto
Do gozo
Gosto do vir-a-ser
Do porvir
Da metamorfose
Do avesso às avessas
Do riso...do sorriso
Do choro azedume
Agridoce

Gosto de voar sem ter asas
De construir asas e não voar
Ficar aqui com os pés no chão
Sem ter chão para ficar.

Naiara Antunes

Reflexões 2


Quem constrói a sua consciência?

Quem determina suas ações?

Se partimos do pressuposto de que, a felicidade só será alcançada no "reino dos céus", Qual seria então o verdadeiro significado e sentido da vida humana?

Vida terrena: Sagrado x Profano

Eu me reconheço como um ser irreconhecível!

Didiu

REFLEXÕES





Toda flor tem suas pétalas

Bem-me-quer... mal-me-quer...

Toda madrugada tem sua boemia

Carteiros... poetas...

Todo carrossel tem seus cavalos

Crianças sob olhar carinhoso dos pais

Toda lágrima tem seu sorriso.

Didiu

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Fadas




Você acredita em fadas?

Não?

Eu também não

Mas elas existem

Eu conheço uma

Não é nenhuma fada madrinha

Nem tão pouco a sininho

Aquela fadinha da história de Peter Pan

Fadas existem sim

Fada mulher Mulher amada

Beleza indescritível beleza única

É difícil vê-la tê-la

Mas todos precisam manter a fé

Fico de pé

Andando sobre as nuvens

Driblando estrelas

Acordando de um sonho

Ouço sua música

Sinto seu beijo ao som de flautas e violinos

Não vejo o tempo passar.


Didiu 2003

CURTA NA TELA

Uma tarde...

Outra tarde...

Ontem x amanhã

Tudo tem nome

Aquela mulher também

Não existe tempo

Inventaram o tempo

Inventaram você

Inventaram-me também

Quem é Maria Carolina?

Uma menina

Mulher que não se vê

A TV elege os padrões de beleza

Maria Carolina assiste TV

TV 14, 20, 29, 32...

TV de plasma,TV em cores, LCD

Preto e branco

Longa-metragem

Curta-metragem

Sessão da tarde

Sessão interativa

E tudo termina ao meio-dia da próxima sexta-feira

Linguagem-precariedade-imagem-estética-beleza.

Didiu

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

CLANDESTINIDADE

Mulher em negro passeia pelo cais do porto
Porto de embarcações clandestinas
Olhar desatento
Cantarei poemas para tocar-lhe
Tão bela serena morena
Sob qualquer lua quase cheia
Rabisco garranchos
Aponto o horizonte distante
Se poderes mágicos eu tivesse...
Colocaria o amanhecer dentro de uma garrafa e lhe daria de presente
Felicidade é clandestina
No entanto ela deixa a sua marca
Assim como as ondas sobre a areia pálida da praia
Felicidade clandestina deixa sua presença
Deixa saudades...
Carinho
Mas este não clandestino

A melancolia de um menestrel
Tocador de poesias
Um saltimbanco atrapalhado
Que luta contra todos os moinhos de vento.

Didiu