A lua se põe supostamente no amanhecer dos versos dum
despercebido poeta escondido nas entrelinhas do seu maldito ego
lua meio tonta
estonteante minguante
lua lua luar
lugares
campos de girassóis lunáticos e as cores dos muitos medos
e duvidas distraidamente invisível
ocasião das
pétalas... flores desvairadas para uma dança sem musica e patética
a poesia, a lua e o poeta
a rua fria, a noite que aquece a madrugada... luzes,
sombras, escuridão, cactos e cacos de palavras fúteis corriqueiras vindas com o
vento.
A lua cresce
A lua desce... escorre pelos olhos
E o poeta despetalado – bem me quer mal me quer- gira só
– sóbrio absoluto diante dum sol ainda distante.
Didiu 2016