sexta-feira, 27 de julho de 2012

Noite de crônica... narrativas de uma madrugada ao lado dela e teus cabelos soltos com a música.




"All my loving"

Pouco meio legionário com alguns passos saltitantes à liberdade com minhas asas mesmo que tortas alcancei os céus... quiçá somente os meus!
A presença dela inquestionavelmente foi indizível... disso eu sabia sim eu sei! Lá pelas tantas, Baco me entendeu, e o imaginário aflorou, rendeu-se se deixando transcender. Cinema Cult, historinha de uma noite musical. DO RÉ MI FA SOL LA SI DO

Uma trilha sonora para mim... e se tocassem aquela música a convidaria para dançar, e os versos nos dariam ritmo e nossos olhos bem fechados os meus agradeceriam.
Diante de mim ela dançava, ao meu lado, dentro de mim também. Nossas vozes subitamente sumiram... elevaram aos berros pelo refrão da banda mais rock n roll daquela cidade iluminada pela minguante lua que nos observava atenta.

Minha poesia dançava com olhos sorridentes exaltando doce charme encantando as notas postas e a minha euforia inquieta de um quase poeta comedido
Tentei com esforço segurar os ponteiros do relógio para interrompê-lo, burlar o tempo... prolongar o período da permanência do estar... estado sublime, o bem querer, o contemplativo... a quinta essência do desejo.

Gosto dos Beatles e dela também. Amor platônico? Se for... por mim tudo bem, entendendo amor platônico não como amor enraizado na impossibilidade, mas, em sua forma ampla, verdadeira, transcendente, que se expressa como manifestação eterna da beleza em si, algo que nos proporciona vislumbres de outros estados de consciência. O amor de acordo com o discurso de Sócrates naquele famoso banquete na casa de Agáton.

Diante de mim a noite terminava, ao meu lado ela se despediu, partiu. Foi-se com a música e a poesia, deixando um sorriso um até breve.
Coloquei minha trilha sonora no bolso guardando-a para meu devaneio que comigo acompanhar-me-ia pelo restinho de minha queridinha madrugada.

E o pensamento esbravejava lá pelas tantas daquelas tantas horas forjando insights inserindo-me em narrativas para meu monólogo de cabelos desgrenhados e barba esquisita, iniciar seu eloquente discurso
Um pot-pourri tinha baixado em mim! Refrão e mais refrão em fila indiana... meus hits desordenados se alternavam guiando-me para casa, para junto dos meus nove travesseiros tão acostumados com meus desvairados devaneios.

E por fim uma música para meu fim, Ou para as minhas adoráveis reticências...

“Stand By Me”

“Sem a música, a vida seria um erro.”


Didiu 2012
         

Nenhum comentário: